O Lajedo de Soledade, um dos sítios arqueológicos mais importantes do Brasil, está localizado na região Oeste do Rio Grande do Norte, no município de Apodi, a 12 km do centro da cidade. O município tem cerca de 33 mil habitantes e fica a cerca de 335 km de Natal (cerca de 4 horas e 30 minutos de carro ) e a 76 km de Mossoró, a segunda maior cidade do Estado.
Localizado numa área de dois
quilômetros quadrados de rocha calcária, do período Cretáceo Superior, o Lajedo
de Soledade quase foi destruído pelos produtores de cal da região. Mas a
intervenção de geólogos da Petrobras e dos próprios moradores do distrito do
Lajedo, no início da década de 90, acabou salvando este sítio.
No lajedo, pesquisadores da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte encontraram fósseis de animais
pré-histórico, como o bicho-preguiça e tatus gigantes, mastodontes e
tigres-de-dente-desabre que viviam no Nordeste no período Glacial, além de
pinturas rupestres.
São vários os painéis dessas pinturas ainda preservadas que se encontram no
leito de um rio seco, que podem ser observadas em visitas acompanhadas por
guias. Segundo pesquisadores, os desenhos dessas pinturas teriam sido feitos
por índios que habitavam essa região no período pré-histórico.
A área do lajedo está situado a menos
de 300 metros da vila de casas dos moradores desse distrito, que fica a 6 km da
margem direita da BR-405, que liga Mossoró a Apodi. O acesso é por estrada
asfaltada até o distrito.
Segundo os geólogos da Petrobras, que na década de 90 ajudaram a população a
criar a Fundação Amigos do Lajedo de Soledade (FALS) e a instalar o Museu e o
Centro de Atividades do Lajedo (CAL), há 90 milhões de anos, toda a área era
coberta por um mar raso que, ao recuar, relevou uma grande extensão de rocha
calcária.
O lajedo é constituído por uma área de rocha calcária que sofreu a erosão da
água das chuvas, abrindo um mini cânion com cavernas e fendas onde estão
gravadas as pinturas rupestres, representando figuras de espécies que seriam araras,
papagaios, garças, lagartos e formas geométricas. Já foi tema de documentário
de 30 minutos na BBC de Londres. Ocupou páginas de revistas e jornais de
circulação nacional e internacional. Foi tema de inúmeras reportagens na TV e
em vários outros veículos de comunicação do Brasil. É fonte inesgotável de
conhecimento científico para centenas de pesquisadores, inclusive as mais
respeitadas do mundo. Recebe, por mês, até 700 visitantes, dos quais 90% são
estudantes e professores.
FONTE – SITE LAJEDO DE SOLEDADE
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